Depois de um tempo fora, estou de volta, e com o Harbor Tug finalizado, hoje irei falar do meu projeto mais "secreto" (rs.), o projeto Quimera!!


Segue as fotos!
Quando dos acertos sobre como seria feito o restauro do Habor Tug, havia ficado acertado que o motor elétrico que ele tinha não precisaria ser recuperado. Tratava-se de um motorzinho antigo, que fazia a hélice girar. Estava ali pois este barco nasceu como um presente de um pai ao filho para que esse brincasse. Como a função dele daqui por diante seria apenas a exposição, o motor foi deixado de lado no acerto.
Mas este detalhe não me passou despercebido. Aquele motor tinha um significado importante para o conjunto da obra, e fazia parte do projeto original da revell que já fazia o kit com as cavidades de pilhas no casco. Resolvi por conta própria que colocaria o sistema pra funcionar novamente.
Era bem simples. Um motos elétrico de 3v montado em um batente de madeira improvisado. Ele era alimentado por duas pilhas alojadas no casco, com contatos de latão bem grandes e rústicos. O acionamento se dava por uma chave simples que saltava de dentro para fora do piso do deck principal. A transmissão se dava por uma pequena junta de mola que conectava o eixo do motor com um eixo grande ligado direto a hélice. Muito bem bolado pois o ângulo do eixo do motos com o da hélice é de uns vinte graus. O "projeto elétrico" era bem simples e eficiente, porem o motor não dava nem sinal de funcionamento. Foi preciso fazer um pequeno restauro na casa de maquinas do barco.
Foram removidas as cavidades e os contatos de latão originais do kit, e no lugar foi colocado em caixa de pilhas moderna, mais compacta e eficiente. Toda a fiação foi trocada, e as emendas foram todas soldadas. A chave permaneceu a mesma, mas também teve os contatos soldados. O motor foi desmontado, limpado e lubrificado e voltou a funcionar perfeitamente como novo. O batente de madeira foi mantido, mas ao invés de parafusado, agora esta colado com epóxi.
O sistema antigo de pilhas obrigava que o deck principal não fosse colado ao casco, e sim parafusado, criando frisos na emenda e não vedando o porão do barco. Com a nova caixa de pilhas, o deck foi colado ao casco, e toda e emenda foi tampada. Por mais que eu duvide muito que este barco volte para alguma banheira ou piscina algum dia, ele estará pronto para cumprir novamente esta função, agora melhorado.
Fico por aqui, um abraço a todos e até a próxima semana!
Foi iniciada as obras de restauro no harbor tug. O primeiro desafio é torna-lo um "kit cru" novamente, desmontando e tirando sua tinta velha. Não sei qual foi a cola utilizada na época de montagem deste kit, mas com certeza ela não foi feita pra durar quarenta anos, apesar do estrago que ela fez no plástico! O kit estava se desmontando sozinho. Em nenhuma parte foi necessário utilizar a força ou algum produto químico para soltar a cola. Ao desmontar o kit, ficou claro o estado ruim em que ele estava, e os estragos, os ataques que a cola fez no plástico foram bastantes severos, mas remediáveis. Mas está claro que o putty, modelling paste, bonder e epóxi vão corres soltos neste kit para refazer os estragos do tempo.
A tinta original também não foi feita pra durar. O kit estava com a pintura bem deteriorada, completamente descascada e desbotada (ué, mas não é isso que agente faz com a pintura dos kits?). Eu pesquisei entre diversas técnicas para retirar a tinta de um kit, passando pela soda e indo até o fluido de freio. Mas tive receio de aplicar qualquer técnica química para retirar a tinta, por não saber qual foi a tinta usada originalmente e também por receio de que o plástico não agüentaria após anos de enfraquecimento. Optei pelo mais difícil, raspar e lixar toda a tinta antiga. Sem duvida deu trabalho, mas por outro lado, esse processo serviu que fizesse os primeiro reparos na superfície do plástico.
Agora o kit esta desmontado e sem cor, quase irreconhecível. Agora, vamos pintar e montar ele novamente com o que temos de melhor em técnicas, e dar vida nova para que dure mais quarenta anos de boas recordações.
Um forte abraço e até a próxima!